A emoção do vôo…

A emoção do vôo…

2016 já começou trazendo grandes emoções para a Catavento. Ao retornar das férias, a equipe recebeu essa belíssima carta, escrita por Leonardo Machado, pai de Maria Clara Machado, nossa aluna desde o berçário, e que se despediu da escola ao completar o quinto ano, em 2015:

 

À família Catavento.

 No início, nosso anjo chegou voando com o vento. Uma sementinha que acabara de germinar, pronta para crescer. Estávamos inseguros, com medo, receosos de não saber o que nem como fazer.

O vento foi soprando, o meu anjo levando, enquanto o tempo ia passando.

Até que um dia, o vento perdeu sua força ao passar por um Catavento. Em uma de suas pás, este Catavento acolheu este anjo, que pousou suavemente. O anjo se aconchegou no calor de todo carinho e amor, o que nos trouxe segurança para prosseguir, com a certeza de que iríamos conseguir.

O caminho não foi fácil, e em vários momentos, mesmo quando o vento ficava mais fraco, o Catavento não parava de girar, nos dando força para continuar a caminhar.

Nosso anjo foi crescendo, pulando de uma pá para outra. Foi se desenvolvendo ao som da ciranda, ciranda de roda, que roda e gira o Catavento sem parar. Foi crescendo e se transformando com beleza e arte. A cada giro deste Catavento, ele ia aprendendo a sorrir, brincar, cantar, crescer e respeitar. Pulando de pá em pá, na vermelha, azul, verde e na amarela, este anjo ia aprendendo a amar.

E depois de passar pelos quatro cantos, ouvindo contos e cantos, chegou a hora deste anjo voltar a voar. E aproveitando uma brisa, um outro Catavento encontrou.

 Mas saibam que por toda a sua vida, a essência deste Catavento este anjo vai levar. Sempre lembrando com carinho cada momento que ali passou, e cada sorriso que consigo levou.

 O anjo: Maria Clara Machado (Turma 2B/2015)

Os anjos: Família Catavento

 O nosso muito obrigado. Seremos eternamente gratos por tudo…

Léo e Cida  

Leonardo Machado e família

 

Para agradecer tanto carinho e sensibilidade, recorremos a uma citação do nosso querido Rubem Alves:

“Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado”. 

Voe, Maria Clara! Voe com coragem e alegria, e continue “sorrindo, brincando, cantando, crescendo, respeitando e aprendendo a amar”.

 

2016-02-02T11:13:53+00:00 2 de fevereiro de 2016|Categories: Depoimentos|