Adaptação é coisa séria!

Adaptação é coisa séria!

Na Catavento, o período de adaptação das crianças da Educação Infantil é planejado com muito carinho e cuidado.

Isso porque não é só a criança que está em adaptação. A família e a equipe da escola também. O educador precisa descobrir pouco a pouco seus novos parceiros do dia-a-dia, conhecer seus hábitos, sua cultura, seus valores. Portanto, a entrevista inicial com os responsáveis é indispensável. Na Catavento, pais participam de encontro com Psicóloga, Nutricionista e Pediatra, antes do início do processo de adaptação.

Após as entrevistas, a adaptação é marcada, e deve ser gradual e de acordo com o ritmo da criança, podendo durar dias ou meses. Família e criança precisam de atenção individualizada nesse período. Alguém com quem ela tenha vínculo afetivo deve estar presente na escola num processo de afastamento gradativo. Jamais devemos mentir para a criança. Ainda que ela chore, os pais devem se despedir. Os hábitos da criança também devem ser mantidos inicialmente. A escola deve ir introduzindo as mudanças aos poucos.

Dúvidas e inseguranças acompanham os pais na hora de decidir se a criança vai para a escola. Os pais precisam estar seguros de sua decisão. Isso é fundamental para o sucesso da adaptação.

A criança, que até então convivia com poucas pessoas em um ambiente familiar, passa a conviver com um grande número de crianças e adultos em um ambiente totalmente novo. Novidades são atraentes quando enfrentadas com uma pessoa querida, mas podem causar insegurança quando a criança fica sozinha. É importante que esta separação do meio familiar seja bem-vinda, que a criança se sinta segura em relação a seus pais, que saiba ou perceba que não é “abandonada” em um ambiente desconhecido. As crianças pequenas têm poucos recursos para se expressar, pois ainda não dominam a comunicação verbal. Assim, manifestam seus sentimentos através do corpo. Durante o processo de adaptação, elas vivenciam momentos de separação, insegurança e outros sentimentos que podem desencadear diversos tipos de comportamentos. Ela estará expressando suas dificuldades e buscando o auxílio e o cuidado do adulto. Além de chorar, ela pode adoecer, recusar alimentos, não dormir ou dormir demais etc.

Diante de tanto cuidado, recebemos com grande satisfação o depoimento da mãe do Gabriel, que acabou de se adaptar no Berçário:

“14.06.2016

Claudia e Equipe Catavento,

Hoje chega ao fim minha adaptação. Digo minha, pois acho que a adaptação é mais para os pais do que para as crianças em muitas das vezes! E gostaria de externar minha gratidão pelo carinho que eu e meu filho recebemos. Tudo o que uma mãe quer ao entregar seu filho aos cuidados de outras pessoas é que, sobretudo, ele seja tratado com carinho e, desde que chegamos à Catavento, fomos tratados com muito carinho! Ver o Gabriel esticando os bracinhos e pedindo colo para as tias logo nos primeiros dias não tem preço! Ficou muito claro nessas duas semanas que Helenice, Nane, Rosane, Elisete e Cristiane amam o que fazem e adoram essas crianças! Obrigada Claudia e toda a equipe Catavento por nos acolher tão bem. Chegamos ao fim dessa adaptação tendo certeza que fizemos a melhor escolha para o nosso filhote e que esse é só o início dessa história.

Maria Fernanda Horta (mãe do Gabriel)”

 “…Tudo o que uma mãe quer ao entregar seu filho aos cuidados de outras pessoas é que, sobretudo, ele seja tratado com carinho e, desde que chegamos à Catavento, fomos tratados com muito carinho! Ver o Gabriel esticando os bracinhos e pedindo colo para as tias logo nos primeiros dias não tem preço! Ficou muito claro nessas duas semanas que Helenice, Nane, Rosane, Elisete e Cristiane amam o que fazem e adoram essas crianças! Obrigada Claudia e toda a equipe Catavento por nos acolher tão bem. Chegamos ao fim dessa adaptação tendo certeza que fizemos a melhor escolha para o nosso filhote e que esse é só o início dessa história.”

Maria Fernanda Horta

mãe do Gabriel

Confiram algumas Dicas para o Período de Adaptação:

– Quando a  criança entra na escola, não é só ela quem está em adaptação, mas também a família e a própria escola. É uma situação nova para TODOS.

– A separação, apesar de necessária, é um processo doloroso tanto para a criança quanto para a mãe e/ou pessoas do convívio diário da criança.

– Nos primeiros dias, é fundamental que alguém que represente uma figura de confiança para a criança permaneça com ela na escola (pai, mãe, avó, babá, etc.). O tempo de duração do período de adaptação depende de cada criança. É preciso respeitar o tempo dela.

– O responsável que permanecer na escola deve intervir o mínimo possível nas atividades e evitar se antecipar a atender às necessidades da criança. Assim, fica claro para a criança que é ao educador que ela deve recorrer quando estiver na escola. Por isso, incentive a criança a procurar a ajuda do educador quando precisar de algo, para que seja estabelecido um vínculo afetivo e de confiança.

– A vinda da criança para a escola deve ser preparada (é importante sempre conversar com a criança sobre qualquer fato novo que esteja para acontecer em sua vida, para que ela se sinta segura, respeitada e não sinta a novidade como algo ameaçador ou desencadeador de ansiedade). Mas isso não significa longas despedidas ou conversas do tipo que mostre para a criança que ela terá que ficar “sozinha” , pois isso pode gerar insegurança.

– É fundamental que os responsáveis evitem ao máximo as faltas da criança nessa fase. A frequência irregular prejudica o estabelecimento do vínculo da criança com a escola. A criança pequena precisa ter uma rotina e uma constância de lugares e pessoas no seu dia-a-dia, para que consiga se organizar internamente e se sinta segura.

– Quando mudanças importantes na vida da criança coincidem com a entrada na escola (troca de residência, retirada da chupeta ou fraldas, troca de mobília do quarto da criança, mãe grávida, perda de parente próximo ou animalzinho de estimação, etc.) o processo de adaptação merecerá especial atenção, tanto por parte da escola quanto da família. Se possível, é importante evitar grandes mudanças nessa fase.

– Criança com irmãozinho nascido recentemente, dificilmente virá para a escola com tranquilidade.

– O choro na hora da separação é frequente e nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola. Da mesma forma, a ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação.

– Não force com violência ou ansiedade a criança a ficar na escola.

– Evite comentários sobre a adaptação da criança em sua presença.

– Cabe à pessoa que trouxer a criança entregá-la ao educador, colocando-a no chão e incentivando-a a ficar na escola. Não é recomendável deixar o educador com o encargo de retirar a criança do colo.

– NUNCA saia escondido do seu filho. Despeça-se naturalmente. Mesmo que ele chore, é sempre melhor dizer a verdade do que tentar enganá-lo, pois a confiança é a base para uma boa adaptação.

– Se os pais optaram por uma escola, é porque confiam na equipe, já visitaram o espaço físico, já conheceram o funcionamento, sentem segurança em relação ao lugar onde estão deixando seu filho. Esta segurança na separação deve ser perceptível à criança, que suportará melhor a nova situação. Lembre-se: a criança sempre sente quando os pais estão ansiosos ou inseguros.

– Se os pais optaram por uma escola, é porque confiam na equipe, já visitaram o espaço físico, já conheceram o funcionamento, sentem segurança em relação ao lugar onde estão deixando seu filho. Esta segurança na separação deve ser perceptível à criança, que suportará melhor a nova situação. Lembre-se: a criança sempre sente quando os pais estão ansiosos ou inseguros.

– Assim, a criança aprende, através do adulto, a identificar e aceitar seus sentimentos, e também a lidar com eles.

– Às vezes ocorrem algumas regressões de comportamento durante o período de adaptação, assim como alguns sintomas psicossomáticos (febre, vômitos, etc.).

– A ambivalência de sentimentos é comum nessa fase. O desejo de autonomia da criança e a necessidade de proteção ocorrem simultaneamente.

 

2016-06-19T22:01:06+00:00 19 de junho de 2016|Categories: Depoimentos, Ed. Inf.|Tags: , |